Listese ístmica L5-S1: diagnóstico e opções terapêuticas

Listese ístmica
Sentir dor lombar que irradia para a perna pode ser assustador. Quando o problema é uma deslocamento entre as vértebras L5 e S1, chamamos isso de Listese ístmica L5-S1. Muitas pessoas procuram respostas rápidas: o que causa, como confirmar o diagnóstico e quais tratamentos funcionam.

Este artigo explica, de forma direta, como os médicos diagnosticam a listese ístmica L5-S1, quais sintomas observar e as opções terapêuticas que vão do cuidado conservador até a cirurgia. Vou usar exemplos práticos e passos claros para você entender e decidir com seu médico o melhor caminho.

O que é Listese ístmica L5-S1?

Em linha com o que afirma o Dr. Aurélio Arantes, especialista em coluna, listese ístmica é quando uma vértebra desliza para frente em relação à de baixo. No caso L5-S1, a vértebra lombar L5 avança sobre a primeira vértebra sacral S1.

Isso ocorre devido a uma falha na pequena porção óssea chamada ístmo. A alteração pode gerar dor localizada e compressão de nervos que descem para as pernas.

Causas e fatores de risco

As causas combinam fatores estruturais e mecânicos.

  • Lesão por estresse: Atividades repetitivas que flexionam e estendem a coluna, comuns em atletas e trabalhadores manuais.
  • Alterações naturais: Fragilidade no ístmo por defeito congênito ou envelhecimento ósseo.
  • Genética: História familiar pode aumentar a chance.
  • Postura e carga: Má postura e levantamento de peso sem técnica aumentam o risco.

Sintomas comuns

Nem todo deslocamento causa dor. Quando há sintomas, eles aparecem de forma clara.

  • Dor lombar: Principal sinal, geralmente pior ao ficar em pé ou ao esticar a coluna.
  • Ciatalgia: Dor que irradia para a nádega e perna, dependendo do nervo comprimido.
  • Fraqueza ou formigamento: Sensações parecidas com queimação ou dormência na perna.
  • Rigidez: Limitação nos movimentos da lombar.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico combina exame clínico e exames de imagem.

O médico avalia postura, reflexos, força e sensibilidade. Testes simples ajudam a localizar o nervo afetado.

Exames de imagem

Radiografia (RX): mostra a perda de alinhamento entre L5 e S1 e permite classificar a listese por grau.

Tomografia (TC): esclarece detalhes ósseos, útil quando há dúvida sobre o ístmo.

Ressonância magnética (RM): avalia o disco, a presença de compressão neural e o grau de inflamação.

Se precisar de orientação presencial, consulte um ortopedista de coluna para avaliação completa.

Classificação e gravidade

A classificação mais usada é a de Meyerding, que mede o percentual de deslizamento de L5 sobre S1. Vai do grau I (leve) ao grau IV (grave).

Geralmente, graus I e II têm tratamento conservador como primeira escolha. Graus mais avançados podem exigir cirurgia, dependendo dos sintomas.

Opções terapêuticas

O tratamento segue uma lógica progressiva: iniciar conservador e avançar se necessário.

Tratamento conservador

  1. Medicação: Analgésicos e anti-inflamatórios para controlar dor e inflamação.
  2. Fisioterapia: Fortalecimento do core, alongamento e técnicas para estabilizar a lombar.
  3. Infiltrações: Bloqueios radiculares ou epidurais podem reduzir dor e facilitar a reabilitação.
  4. Correção postural: Ajustes ergonômicos no trabalho e atividades diárias para diminuir sobrecarga.

Indicações para cirurgia

Um renomado ortopedista de coluna em Goiás destaca que, a cirurgia é considerada quando há dor persistente que limita a vida diária, déficits neurológicos progressivos ou falha do tratamento conservador por 6 a 12 semanas.

Outros sinais que podem levar à cirurgia são deformidade significativa e instabilidade alta entre as vértebras.

Técnicas cirúrgicas

As abordagens visam estabilizar a coluna e, quando necessário, descomprimir nervos.

  • Artrodese (fusão): União das vértebras L5 e S1 usando enxertos e parafusos para eliminar o movimento anômalo.
  • Descompressão: Remove tecido que pressiona o nervo, às vezes associada à artrodese.
  • Técnicas minimamente invasivas: Podem reduzir tempo de recuperação em casos selecionados.

Recuperação e reabilitação

O pós-operatório exige tempo e atenção. A fisioterapia começa cedo para recuperar mobilidade e força.

Atividades pesadas são evitadas por meses. O retorno ao trabalho depende do tipo de emprego e da evolução clínica.

Prevenção e cuidados diários

Reduzir o risco de agravamento é possível com medidas simples.

  • Fortalecer o core: Exercícios regulares como pilates ou fortalecimento lumbar.
  • Postura correta: Atenção ao sentar e levantar objetos com técnica adequada.
  • Controle de peso: Menos sobrecarga na coluna melhora sintomas e prevenção.

Perguntas frequentes

Quanto tempo leva para melhorar com tratamento conservador? Em geral, 6 a 12 semanas para ver melhora significativa.

A cirurgia resolve a dor para sempre? Muitos pacientes têm alívio duradouro, mas resultados variam conforme o caso individual e a reabilitação.

Conclusão

Listese ístmica L5-S1 pode causar dor e limitar atividades, mas na maioria dos casos há opções eficazes. O diagnóstico correto depende de exame clínico e imagens apropriadas. O tratamento começa com medidas conservadoras e progride para cirurgia quando necessário.

Converse com seu médico para personalizar o plano. Se tiver dúvidas específicas sobre seu caso, marque uma avaliação e aplique as dicas apresentadas para melhorar sua coluna e qualidade de vida com foco na Listese ístmica L5-S1.

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