Se você sente dor, rigidez ou inchaço no joelho e desconfia de algo mais sério, este texto é para você. A artrite reumatoide no joelho é uma causa comum de limitação e pode piorar se não for tratada a tempo.
Neste artigo eu vou explicar, de forma prática, o que provoca a doença, como os médicos confirmam o diagnóstico e quais são as principais opções de tratamento.
Vou usar linguagem direta, exemplos reais e orientar sobre quando procurar ajuda especializada. Ao final você terá um plano mental claro: reconhecer sinais, pedir os exames certos e discutir as alternativas de tratamento com seu médico.
O que é artrite reumatoide no joelho?
De acordo com um renomado ortopedista de joelhos em Goiânia – GO, a artrite reumatoide é uma doença autoimune que causa inflamação das articulações. Quando atinge o joelho, a cápsula articular e a cartilagem sofrem com processos inflamatórios persistentes.
Ao contrário da artrose, que costuma ser desgaste mecânico, a artrite reumatoide no joelho resulta de uma resposta imunológica que ataca o próprio tecido articular.
Como ela aparece: causas e fatores de risco
Não existe uma única causa definida, mas alguns fatores aumentam o risco:
- Genética: histórico familiar pode elevar a chance.
- Sexo: mulheres são mais afetadas que homens.
- Idade: pode começar em qualquer idade, mas é mais comum entre adultos.
- Fatores ambientais: tabagismo e algumas infecções podem desencadear a doença.
Sintomas da artrite reumatoide no joelho
Os sinais podem surgir de forma gradual ou aparecer em crises. Preste atenção aos itens abaixo:
- Dor: incômodo constante ou ao mover o joelho.
- Inchaço: sensação de “joelho cheio” por acúmulo de líquido.
- Rigidez matinal: dificuldade para levantar e esticar a perna nos primeiros minutos do dia.
- Sensação de calor: a pele sobre o joelho pode ficar quente ao toque.
- Perda de função: dificuldade para subir escadas, correr ou mesmo caminhar.
Exames para confirmar o diagnóstico
O diagnóstico combina história clínica, exame físico e exames complementares. Aqui estão os principais:
- Exame de sangue: pesquisa de fator reumatoide, anticorpos anti-CCP, PCR e VHS para avaliar inflamação.
- Raio-X do joelho: identifica alterações ósseas e perda de espaço articular em estágios mais avançados.
- Ultrassom: útil para visualizar líquidos, inflamação da membrana sinovial e guia para punção.
- Ressonância magnética: detecta lesões iniciais na cartilagem e na membrana sinovial que não aparecem no raio-X.
- Punção articular: coleta do líquido do joelho para descartar infecção e confirmar inflamação.
Tratamento: objetivos e abordagens
O objetivo é reduzir a inflamação, controlar a dor, preservar a função do joelho e evitar deformidades. O tratamento costuma ser multidisciplinar.
Medicação
A base do tratamento inclui medicamentos que só o médico pode prescrever e ajustar.
- AINEs: alívio da dor e redução leve da inflamação, usados em curto prazo.
- Corticosteroides: reduzem inflamação rapidamente, indicados em crises ou para controle temporário.
- DMARDs (fármacos modificadores da doença): metotrexato e outros que atuam para frear a progressão da doença.
- Biológicos: usados quando os DMARDs convencionais não controlam a doença.
Fisioterapia e reabilitação
Exercícios específicos aumentam força e mobilidade do joelho. Isso reduz dor e melhora a marcha. Fisioterapeutas ensinam atividades fáceis de integrar na rotina diária, como alongamentos e treino de equilíbrio.
Medidas práticas e autocuidado
Algumas mudanças ajudam muito no dia a dia:
- Controle de peso: aliviar carga sobre o joelho reduz dor e desgaste.
- Uso de órteses: joelheiras ou palmilhas podem melhorar estabilidade.
- Gelo e elevação: para crises de dor e inchaço, aplique gelo e descanse o membro.
Infiltrações e cirurgia
Segundo o Dr. Ulbiramar Correia, especialista com ampla experiência em cirurgias do joelho, quando a inflamação persiste, infiltrações com corticosteroide ou ácido hialurônico podem ser consideradas para alívio temporário.
Em casos avançados, a cirurgia pode ser a melhor opção. Procedimentos vão desde limpeza articular até substituição total do joelho.
Quando procurar um especialista
Se a dor no joelho não melhora em algumas semanas, ou se houver inchaço repetido, procure avaliação. Sinais de alerta incluem febre e dor muito intensa.
Um diagnóstico precoce aumenta as chances de controle eficaz.
Perguntas frequentes rápidas
- Artrite reumatoide no joelho tem cura? Não existe cura definitiva, mas o tratamento pode levar a remissão e controle dos sintomas.
- Exercício faz mal? Pelo contrário. Exercícios orientados ajudam a manter função e reduzir dor.
- Todo inchaço é artrite reumatoide? Não. Pode ser lesão, infecção ou outra forma de artrite. O exame médico é essencial.
Conclusão
A artrite reumatoide no joelho é uma condição que exige atenção, mas com diagnóstico precoce e tratamento adequado é possível manter qualidade de vida. Reconheça os sintomas, solicite os exames certos e siga as orientações médicas e de fisioterapia.
Se você tiver dor persistente ou inchaço, não adie: marque avaliação, ajuste o tratamento e aplique as dicas que aprendeu aqui para cuidar melhor do seu joelho.
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